Ei, vocês já ouviram falar da Cuca? Não, não estou falando apenas sobre a música do grupo infantil “A Turma do Balão Mágico” (embora ela seja irresistivelmente cativante!). Estou me referindo à personagem enigmática e multifacetada do nosso folclore brasileiro.
Em minhas andanças pela cultura brasileira, sempre me deparei com figuras que me encantavam e me assustavam ao mesmo tempo. A Cuca é uma delas. Lembro-me de ouvir histórias sobre essa bruxa com cara de jacaré que roubava crianças desobedientes quando eu era pequena. E, confesso, tive muitas noites de insônia pensando nela!
A Cuca, para quem não sabe, é uma espécie de bruxa do folclore brasileiro, frequentemente representada como uma velha feia com cabeça de jacaré. Entretanto, sua representação varia. Por exemplo, no mundo encantado de Monteiro Lobato, em “O Sítio do Picapau Amarelo”, a Cuca é retratada como uma bruxa malvada que vive em constante conflito com Emília, Pedrinho e toda a turma. A imagem dela nessa obra tem uma pegada mais de feiticeira do que de jacaré, e é inegável o impacto dessa representação na cultura popular brasileira.
Ah, e como esquecer da canção da Cuca? Quem cresceu nos anos 80 e 90 com certeza se lembra:
🎵 “Eu sou a Cuca, bicho papão
Vou te pegar, te dar um chão
Te arrastar pro fundo do porão
Porque eu sou é muito má
Não tenho dó no coração.” 🎵
Essa canção, por mais assustadora que possa parecer, faz parte das memórias de muitas crianças brasileiras. E, de alguma forma, tornou a figura da Cuca ainda mais icônica!
Se você, assim como eu, se interessa por essas histórias que nos conectam com nossas raízes e tradições, recomendo que mergulhe no mundo do folclore brasileiro. E, quem sabe, da próxima vez que ouvir um barulho estranho à noite, em vez de pensar que é a Cuca vindo te pegar, você pode pensar nela como uma velha amiga que só quer contar uma história.
Fontes de pesquisa:
– CASCUDO, Luís da Câmara. “Dicionário do Folclore Brasileiro”. Global Editora, 2012.
– SILVA, Vagner Gonçalves da. “Cultura Popular Brasileira”. Contexto, 2005.
– LOBATO, Monteiro. “O Sítio do Picapau Amarelo”. Editora Brasiliense, diversas edições.